Ontem, por acaso, o ônibus em que vou para a faculdade fez uma parte do percurso que o ônibus local faz para a sua casa e foi inevitável não lembrar das vezes em que fiz aquele trajeto pra ir ficar com você, lembrei da primeira vez que fui, foi a primeira vez que andei sozinha de ônibus, me senti tão independente.
E sabe, vai ser assim por um tempo, coisas pequenas, detalhes me farão lembrar de você, de nós dois juntos e tá tudo bem, faz parte do processo e já aceitei isso. Mas no meio das lembranças boas, comecei a pensar no que realmente iria fazer pois eu tenho duas opções: Aceitar que acabou e deixar, não esquecer, jamais, pois foi uma parte da minha história, e a outra opção seria me agarrar ao fio fino de esperança de logo voltarmos quando você estivesse melhor e estiver disposto mas a gente não sabe do futuro e por isso, não posso me agarrar a esse fiozinho de esperança.
No início achei que estava sendo egoísta por estar me colocando em primeiro lugar, não insistindo pra gente continuar e talvez até ganhar pelo cansaço mas aí eu estaria querendo segurar um relacionamento por dois e eu consigo. Aí entendi que me colocar em primeiro não é egoísmo, é amor próprio.
Não vou dizer que não sinto muito porque acabou porque sinto muito sim, mas foi em comum acordo e isso me deixa em paz, pois terminamos sem briga, sem intriga, sem raiva. Não temos como saber se o que a gente tinha de viver junto, já vivemos ou se ainda vamos nos reencontrar no futuro distante, então só nos resta aceitar e viver.
O que tiver que ser, será.